Ao contrário do que muita gente possa pensar, Portugal é um dos sócios (exactamente com este termo) mais influentes do FMI! Surpresa? Acredito que sim. Afinal, tal como acontece noutras situações, o povo, esse, é sempre o último a saber.
Mas afinal como é assim tão importante a influência de um país tão diabético como o nosso? Claro que há diabetes de vários tipos. Mas esta diabetes é uma diabetes forçada, imposta ao país, por governos sem competência e sem zelo! E é uma diabetes que afecta gravemente o tecido económico e social, porque vai atacar precisamente os mais debilitados. Mas esta diabetes, como outras no passado, tem uma máscara. A Crise! Se não houvesse crise internacional, não haveria diabetes na economia portuguesa. Só não vê, quem não quer ver... bolas!
Mas qual é então a influência de Portugal nesta tão importante sociedade global?
Para entrar no FMI, há mais de 50 anos, Portugal teve de pagar uma quota de 60 milhões de dólares, sendo 15 milhões entregues em barras de ouro. Portugal encontra-se entre os 40 países com maior peso de voto. A liderança continua a ser dos Estados Unidos, seguida do Japão e China. Portugal é associado do FMI desde 1960. Neste momento, são associados do FMI, 186 países.
Sendo quase certa a sua intervenção em Portugal nos próximos tempos, é com alguma nostalgia que se vêem alguns presidentes de instituições Bancárias a recear a entrada desta organização no nosso país. Esse receio é devido, pois com certeza que um dos primeiros pontos que o FMI vai atacar quando entrar em Portugal é avaliar a saúde dos bancos nacionais. Rapidamente vão perceber que estão insolventes e que é necessária a injecção de mais capital. Mas será que os accionistas vão ter capacidade, ou interesse para tal?
Com a entrada do FMI, muitos dos interesses instalados vão ser "varridos", passando a haver uma verdadeira concorrência no mercado estatal. Saiba mais pormenores aqui. Mas, como as coisas infelizmente nunca são o que parecem, Após pedido de ajuda á União Europeia, bolsa de Lisboa opera em alta e principais bancos do país, registam ganhos. Leia o que diz o link. Talvez ajude a entender o que não parece ser fácil. Falo por mim...e acrescento:
- Demonizar aquela que será a nossa salvação é sumamente irresponsável. A única explicação é que os que gemem esses medos, saõ precisamente aqueles que criaram o problema que nos lança nas mãos do FMI! Agora parece que fica mais fácil, talvez, de entender.
Poderá este texto ficar cansativo, mas prevalece uma ideia. Permitir que outros saibam as voltas e reviravoltas no meio das quais, inevitávelmente, o contribuínte é apenas e rigorosamente um peão de brega.
Mas ainda assim, será oportuno dizer que o FMI é uma organização credível, que actua em função das realidades que encontra, aplicando as necessárias correcções, com o objectivo único de recuperar economias em situação difícil. Só é pena que as medidas tenham reflexos tão duros, naqueles que tão pouco contribuiram para o "desabamento".