Bandeiras dos Palop

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Para onde vai Angela Merkel, numa Alemanha poderosa a precisar de importantes reformas internas?

Angela Merkel                                           
Tempos de crise, tempos de reflexão.
Olhar para trás, pode ajudar a prever o futuro, principalmente quando ele se apresenta com cores de "burro a fugir".
Angela Merkel, foi discípula de Helmut Cohl, antigo chanceler da Alemanha, entre 1982 e 1998.
Helmut Cohl, teve um dos mandatos mais longos e profícuos da Alemanha, excedido apenas por Otto Von Bismark, por muitos considerado o pai da Alemanha.

Mas este homem de aspecto robusto e decidido deu muito de si próprio á Alemanha, mas também á Europa, junto com François Miterrand, presidente da França. Um e outro, esforçaram-se procurando soluções para uma Europa Unida e forte, tentando adivinhar o futuro.
Em 1988, Cohl, foi nomeado Cidadão Honorário da Europa, por chefes de Estado e de Governo, pelo seu notável trabalho para a integração europeia! E tem sido descrito como o maior líder europeu da segunda metade do século 20! Resumindo, era um homem que ouvia, pensava e decidia. Foi ainda um dos principais arquitectos da reunificação alemã.

 Angela Merkel, foi apadrinhada por este grande homem, tendo participado em vários dos seus governos e bebido da sua forma imponente de fazer política.
Entretanto, passaram 13 anos.

O motor da Europa parece não ter vontade de andar mais. Angela Merkel, tarda nas decisões, esquecendo que a Europa só será mesmo forte, se estiver bem junta. A enorme vontade de Helmut Cohl, parece não ser partilhada pela sua sucessora!
E numa altura em que as esferas do poder político e económico parecem querer mudar de sítio e de hemisfério, vemos uma Chanceler dividída, apontando o dedo aos mais fracos, fazendo até, quase, lembrar outros tempos!

A repartição do poder político parece inevitável. Os poderosos e enormes países emergentes como o Brasil, Índia e China, tem uma importante palavra a dizer num futuro próximo! Os Estados Unidos, também debilitados, procuram novas plataformas que os consigam manter no topo do Mundo. A Rússia vem aumentando progressivamente o seu poder político e económico. Os Estados Árabes, navegam em milhões de dólares trazidos pelo petróleo e investem um pouco por todo o Mundo, multiplicando a sua influência.

Há de facto uma alteração geo-política e económica nova, que parece não trazer nada de bom para a velha Europa.
E é por estas razões e muitas outras, que a Chanceler Merkel parece não estar a ter uma visão global inteligente e hábil.

Em todo o mundo se assiste á formação de parcerias entre países, para reforçar o seu poder político e económico. Em contra partida Angela Merkel, navegando contra a corrente, parece ter escolhido o mesmo momento, para se afastar da UE, enfraquecendo assim todos os países integrados!
Sou dos que acreditam na UE, mas constituída por uma Europa solidária e unida. No Mundo de amanhã, só uma Europa forte poderá competir com concorrentes muito poderosos. De outra forma, antevejo uma Europa definhada, sem força e confiança para encarar o futuro. E a Alemanha, faz parte dessa Europa.