Pois é! Na verdade, para quem tem ou teve a oportunidade de conhecer esta pitoresca aldeia transmontana, situada apenas a 8 km de Bragança, de casario envelhecido pelos muitos e muitos anos da sua existência,
enfrentando os ventos e nevões frios que vêem da Serra da Sanábria, ali ao lado, depois da fronteira, é caso para fazer a si próprio uma pergunta óbvia, mas que parece passar ao lado de muita gente que trabalha e vive em Bragança, desconhecendo, talvez, que esta pacata e sossegada aldeia, fica ali mesmo ao lado, mais perto que outros locais da própria cidade, onde o trânsito não anda e se perde imenso tempo, para andar dois ou três quilómetros, com os nervos em franja!
Visito Bragança há muitos anos e lá tenho conhecidos e amigos.
Bragança sofre do mesmo mal de qualquer capital de provìncia. Trabalhar durante a semana e ao sábado e domingo, dar uma voltinha pelas redondezas, e apreciar pequenos recantos, trechos de rio, represas, paisagens imponentes e visitar amigos, quem os tem, pelas aldeias mais próximas.
É preciso mudar de ambiente, deixar a cidade e vaguer pelas aldeias e pelos campos. Retemperar forças e espírito, para mais uma semana de trabalho que aí vem.
Rabal tem 20,94 Km2 de área e cento e noventa e seis habitantes (2001), na sua maioria envelhecidos. Um pequeno rio ou "caborco", atravessa toda a aldeia e, a seus pés passa ainda o Rio Sabor, com uma pequena mas simpática represa de águas límpidas, mesmo junto á ponte, serpenteando por entre árvores e arbustos.
Recantos belíssimos podem ser vistos nas suas margens, tanto para o lado do Portelo, como para o lado de Bragança.
A sua festa de S. Bartolomeu, realiza-se todos os anos a 24 de Agosto, arrastando muita gente de Bragança e aldeias vizinhas.
Com a vida acelerada que hoje se vive, Rabal pode ser um verdadeiro refúgio para muita gente que habita apartamentos na cidade. E os 8 km de distância, podem e devem ser aproveitados para relaxar, quando se vai, ou se vem do trabalho, usufruindo da frondosa paisagem que bordeja a estrada e gozando a natureza.
Os tempos mudam, as necessidades também.
Talvez ainda veja velhas casas recuperadas (que já existem) com os seus jardins relvados, bordejados de flores ou árvores de fruto! Talvez que muita gente ainda possa pensar que a natureza e a beleza do campo, estão ali, apenas a 10 minutos de carro. Porque não viver na aldeia, se podermos viver com mais paz e tranquilidade a um passo do emprego?
O vídeo acima, reproduz apenas algum do casario desta típica aldeia transmontana. Não deixe de ver. Talvez a simplicidade rústica o surpreenda!