Bandeiras dos Palop

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Confeitaria Colombo, uma beleza do Brasil


De férias com a família no Rio de Janeiro, há uns tempos atrás, fui convidado por dois amigos brasileiros, para ir lanchar à Confeitaria Colombo, na baixa. Mal imaginava, o que iria encontrar pela frente.




 Um estabelecimento enorme, amplo, recheado de história e madeiras nobres, com vitrinas interiores da mesma altura das paredes, mobiliário a condizer tipo Art Nouveau, enormes espelhos de cristal, emoldurados por elegantes frisos talhados em madeira de jacarandá e enormes balcões-expositores com todo o tipo de bolos e guloseimas, atrás dos quais se encontravam funcionários que atendiam com toda cortesia.  
                                                     
 Um verdadeiro espanto, para quem vinha de fora, da Europa.


Ao olhar para cima, reparo, assombrado, com a enorme clarabóia decorada com belíssimos vitrais, resplandecentes e luminosos. Mais parecia estar num verdadeiro palácio.


  Não resisti, porque não podia, à tentação de entrar no elevador e subir ao primeiro andar, onde funciona o excepcional e belíssimo restaurante Cristóvão, debruçado, a todo o comprimento e largura, sobre o sumptuoso salão de chá do rés do chão, com um elegante varandim em ferro ao seu redor. O conjunto era impressionante, belo e confortável.


 Um piano já com idade, faz lembrar outros tempos de convívio e lazer, que começaram no ano de 1894, permitindo imaginar outros tempos de glória desta magnífica confeitaria, onde centenas de cariocas se reuniam.

Os balcões, recheados de todo o tipo de bolos, tartes e salgados, são um verdadeiro apelo à tentação. E o cuidado posto na forma como tudo é exposto e ornamentado, o jogo de cores e aromas apetitosos, despertam mesmo os mais contidos, neste paraíso de doçura.


As molduras dos espelhos de cristal e das muitas vitrinas espalhadas pelo estabelecimento, são e serão verdadeiras obras primas da arte de entalhar, que datam da mesma época e da autoria do grande mestre brasileiro António Borsoi.


Não admira, por todos estas razões e outras que irei descrever, que esta casa tenha sido considerada uma das dez mais belas confeitarias de Mundo. Um destaque merecido, pela raridade da sua construção e arquitectura, mas também pelo cuidado atendimento de todos os que ali trabalham.


Como sempre disse Manuel José Lebrão, " O freguês tem sempre razão". Mas iremos falar mais deste emigrante português, que chegou ao Brasil com apenas 13 anos de idade e se transformou num empresário de grande visão e filantropo, estimado e reconhecido por todos que o conheceram.